Meu blog és seu blog

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"Bem vindo"

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Passear do anjos


Estava no alto da pedra assistindo o passear dos anjos,
Mergulhei no vazio sem impaciência, me encontrei na loucura.
Dancei a dança dos espíritos e a confusão tornou-se harmonia.
Não escute as buzinas, não escute o homem,
Escute o espírito da mãe natureza, escute o lamento dos seus irmãos.
Na loucura encontro um tanto de vida,
Encontro amores, encontro paixão.
Mas em meio a nevoa dos homens,
Confundo-me com o real,
Com o abstrato,
Com o moral e o animal.
Na minha vida confundem-se os mitos,
Dos deuses e os homens mortais.

Procuro passear longe,
Da dor e de toda maldade,
É simples não poder entender,
Já que o bom tornou-se banalidade.
E dançamos a dança satânica,
Fingindo estar perto de Deus.
O mundo não é do maligno,
O mundo foi Deus que me deu!
E agora eu entendo.
Toda frustração tola,
Perdi-me e agora entendi,
Que a felicidade está em coisa pouca!
Um pouco de amor, um pouco de sorrisos,
Um pouco de tristeza, um pouco de amigos.

E continuo minha indagação sobre o mundo dos homens,
É tosco ter sorrir com aquilo que te consome.
Some o que puder dividir,
Viva junto com a felicidade alheia!
Acredite em algo maior,
No intocável, no não visto,
Acredite no inabalável.
Amo, logo existo.
A falta de amor é a falta de existência.
Nas lágrimas dos deuses do amor,
Causado pela sapiência e pelo ego.
O concreto tornou-se o vão,
A poesia tornou-se alivio
Para o peito conviver
Com o vazio.

O meu ideal de amor,
É um ideal abstrato,
Uma mistura de ternura
E de prazer,
Uma união de duas almas,
As almas conectadas
Com a pureza e com o prazer.
Com seu sorriso
Todos os meus erros calam.
Que destino arlequim é esse,
Meu amar é demais solitário.
É ideológico o que vou dizer,
O correto virou o contrario.
O sentimento que mora no peito,
Nunca trouxe paz e harmonia,
Uma fantasia que tive de viver,
Uma historia que na alma perdura.
O amor reluta esquecer,
A sua alma pura.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Epifania.


Minha existência é o reflexo da minha transparência,
Vejo-me louco esperando um pouco
De paixão e ternura.
O sorriso é o prazer,
Que a alma procura.
Nesse mundo de injúrias,
Espero novamente uma epifania dos deuses.
Aguardo ouvir sua voz,
No fogo da minha fogueira.

Eu danço com a lua,
Tão cheia de esplendor,
Que seu brilho
Torne-se meu brilho
No olhar...
Mãe minha!
Dá-me sua flor!
Dá-me um pouco de vida!
Dá-me um pouco de amor!

Ouço a voz do animal guia,
Tão forte em nosso espírito.
Essa voz grita coisas do natural,
Grita uma nova ideologia.
O ideal da rosa e da poesia...
Na batida dos tambores
Meu coração palpita.
Já está na hora de morrer,
E depois renascermos
De todas as cinzas...

Queime seu corpo!
Queime sua alma!
Vá aos céus!
Conheça o inferno!
E depois de encarar
A face do anjo da morte,
Encontre um novo destino,
Uma nova sorte.
Torne-se uno
Com a terra e com o natural.
És humano, pense em prazer.
Só não se esqueça
Do amor
E da vida.
Venha com os deuses se encontrar,
Tenha uma epifania!

sábado, 25 de dezembro de 2010

Minha inspiração.

Minha inspiração
Sua respiração.
O desejo,
Um beijo.
Um sorriso,
O seu riso.

Um carinho,
Um abraço,
No terraço.
Sozinho.

A ternura,
A solidão
Que perdura.
Seu amor
Ainda está aqui.

Espero resposta
Nessa vida oposta,
Oponho-me
Em seguir os instintos.
Não sei se é real,
Ou eu minto...

Mas seu sorriso
É meu riso.
E aqui
Vendo seu brilho.
Me sinto feliz.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Confusão no coração...

Como esquecer
O que aquece a alma?
O sorriso é o prazer,
Que a mente cala...

O que fazer
Para esquecer o sublime?
O meu bem querer
Foi o maior dos meus crimes...

Olhos os céus
Tentando encontrar.
Da estrela o brilho,
Ou também seu olhar...

Não saia de perto,
Seu cheiro a procurar.
Nesse mundo incerto,
O correto é saber amar...

Esquecer o dito
O Sentido, o vivido.
É o pior da dor...

Como terminar o poema,
Essa alma jaz tão pequena.
Não sei falar de amor...

Na noite lhe encontro
Em sonhos tristonhos.
Mas sem medo e pudor...

Vejo-te ao lado,
Estou distante, parado.
O desejo foi o agressor...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dança de Gaia




No dançar da aurora
Sopra um vento.
Cantando sobre outrora,
Coisas do tempo...

Na caminhada da vida
Sonhos e pelejas.
Com tantas idas e vindas,
Um novo futuro eleja...

Ouça do grito da terra
Da água e do ar.
A vida que é eterna,
Na Mãe terra vou me abrigar...

Somos filhos do mesmo seio,
A natureza a alimentar.
A comunhão almejo,
A Gaia vamos adorar...

O homem é lobo do homem,
Como Cronos a devorar
Seus filhos em sonho medonho.
Ao natural vamos marchar...

Lutem com força e coragem,
Com garra e determinação.
A vida não só uma imagem,
Sinta e faça uma reflexão...

Não há sentido nas guerras,
Nas mortes, nas proibições.
Flor doce brote da terra,
Lutem até virarem leões...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Pecado.


Caminhava desatento
Em meio nevoa da vida
Ouvi seu canto.
O canto que me removeu o pranto,
Linda flor com teu encanto reluz...

Sua alma tem a luz,
Que ilumina meu lado sombrio.
Meu coração palpita lentamente.
Pedindo aos deuses
Que não seja ilusão da mente...

Seu jeito trovador
Conquistou o bardo.
Falamos de filosofia e amor,
Do fogo que sentimos lado a lado.
A mente e a alma confundem-se...

Durante a aurora
Vi o astro rei nascer.
Esqueci-me de outrora.
Veremos o amor crescer?
Vamos viver o agora...

Com uma explosão de vida,
Inundaste meu sertão.
Enfim encontrei uma saída,
Por ti sinto amor e paixão.
Juntos, vamos o mundo esquecer...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Só um infante...


Era só um infante,
Que queria mudar o globo
Sonhava com um mundo brilhante,
Juntos a ovelha e o lobo.

Tinha seus planos, seus desejos.
Casa, comida e dinheiro.
Ninguém é igual, isso eu vejo.
Do sistema somos prisioneiros.


Quantas lágrimas alastradas,
Culpa ingrata, consome e mata.
O que sobra pro povo é nada.
Meu Pai que vida ingrata...

Fui só um miúdo.
Deixei esperança aos descendentes
Sou fruto de um mundo sujo.
Perdão, nasci em um globo doente...

terça-feira, 22 de junho de 2010

Karla


A vida passa ligeiro,
Sei que é tudo tão breve.
Ontem lembrei o seu cheiro,
Não quero que a morte me leve.

Você era formosa,
Gente muito grã-fina,
Amava sim nossas prosas,
Deus levou você minha menina...

Não pude dizer adeus,
Isso me deixa abatido.
Você foi embora dos seus,
Fiquei nesse mundo maldito...

Lembrei de um tempo ditoso,
Quando eu era inocente.
Meu coração venturoso,
Reza a estrela cadente...

Espero que tenha ido,
Para o paraíso nos firmamentos.
O mundo já não é tão bonito,
As pessoas vão ao seu tempo...


*homenagem a uma antiga amiga q foi embora desse mundo... sempre lembrarei de ti... vá em paz e fique com Deus...

sábado, 19 de junho de 2010

Um grito de Gaia.


Estava em minha morada,
Ponderando sobre humanidade.
Destruímos a nossa casa,
Com o astro faremos caridade.

Mudaremos nossa constante,
Hoje desejo palestrar.
Nesse mundo dos incoerentes,
Cansei-me de ver tanto matar.

Nossos céus andam nublados,
O mundo esta a chorar.
Em um globo de alienados,
Vamos a beleza exaltar...

Já chega de consumismo,
A natureza vamos cuidar.
Enojei-me com capitalismo,
Minha vida almejo mudar...

Deixemos de ser egoístas,
Na vida vamos pensar.
Procuremos uma religião panteísta,
Quem sabe o mundo mudar...

Acabemos com esse governo,
Os poderosos devemos derrubar.
Partiremos desse inferno,
A Gaia iremos salvar...

Rezamos à mãe natureza,
A graça do sabiá,
A tudo que guarda beleza.
O imperfeito deixe pra lá...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Tempo de amor.




Chegou um tempo de amor,
De paz e revolução.
Exaltemos o beija-flor,
Já chega de contradição...

Vamos ser um único ser,
Unidos por um sentimento.
Tenha fé e você vai ver,
Um paraíso dos firmamentos...

Acabemos com a necessidade,
Com tudo que é segregação.
O povo deve ouvir a verdade,
Um mundo sem alienação...

Carecemos de sorrisos sinceros,
De abraços de amizade,
Nesse luta persevero,
É tempo da pura bondade.

O “eu” já não vive,
Somos um apenas,
Todo amor positive,
Vivas a felicidade plena...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Lobo-guará



Uma crença popular,
Diz-nos que devemos matar.
O infeliz lobo-guará,
Para sua vida aprimorar...

Uma fé dos antigos,
Religiosos sinistros,
A eles maldigo.
Em versos registro...

Guará coitado.
Seu coro a caçar,
Podre mundo alienado.
Ao lobo vamos cantar...

Canídeo belo,
De paz e acanhado
A todos faço um apelo,
Salvemos o bicho abençoado

Homem livre


O homem se diz liberto,
Mas eu só o vejo em correntes,
Amarras de um sistema incerto,
Peço paz à estrela cadente...

Um mundo de desigualdades,
O pobre sofre silenciado.
Grande globo de maldades,
Já não posso ser alienado...

Vivemos uma escravidão,
Pastando no campo do capital.
Quem disse que acabou a servidão?
Um grito de liberdade de todo mortal...

Chegou um tempo de amor,
De paz e amizade.
Exaltemos a vida e seu resplendor,
O homem só precisa de bondade...

Deixemos o egocentrismo,
Todos unidos como um somente.
Um globo sem capitalismo,
Para vida ser mais contente...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Mullher!


Mulher linda,
Ser divino.
É nosso destino,
És sempre bem-vinda...

Mulher formosa,
Virgem afável.
Admirável,
Amo nossas prosas...

Mulher gentil,
Minha lua,
Quero-te nua,
Deixe-me febril...

Mulher luminosa,
De alma brilhante,
Minha bela amante.
Doce e cheirosa

Mulher generosa,
Dançante, cantante,
De espírito infante.
Toda carinhosa...

É hora de revolução!




Guerra, sangue, poder,
Infâncias corrompidas,
Dolo do ter para ser.
Quantas almas serão perdidas...

Tráfico, polícia, você,
É tempo de revolução
Porque o miserável tem de sofrer?
Descarte toda moderação,
Cansei de ver meu povo perder...

Já chega de apartheids,
De guerras de religião.
O mundo pode ser mais verde,
Pare e faça uma reflexão,
O mundo não se vende,
Prove sua indignação...

Ganância, dinheiro, ira,
Um dia teremos de escolher,
Exaltar o amor ou a cólera,
Eleja o que vai ser.
Mudar o mundo agora
Ou esperar o astro morrer
Revolução tem de ser nessa hora.

Amor, paz, amizade,
Um dia poderei ver.
Nessa vida de mediocridade,
Lutamos para sobreviver.
Muitos não vêem a verdade,
Outros esquecem de ser
Soldados de um mundo verde,
Não temos por que se esconder...

Para que tanta contradição,
Cansei dos incoerentes.
Em um sistema da imaginação,
O silêncio dos inocentes.
Não viva a vida em vão.
Agora eu rompo as correntes,
Façam todos uma oração
E sigam a vida contente,
É hora de revolução.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Chegada e partida.


Na cidade sorriso
Encontrei o abrigo
Nos olhos da guarani.

Chegou tão depressa
Nos amamos na relva
Mas teve de ir...

Mudaste meu mundo,
Eu que era imundo,
Deixei-te partir

Foste embora.
Durante a aurora,
Já não posso sorrir...

A morte que chega
Sedenta e rasteira
Fez-me submergir...

Passaram os meses
E a vida que tinha,
Queria sumir...

Saudades de um tempo ditoso,
Deveras formoso,
Vivia a refletir...

Às vezes chorava,
E sua gaita tocava.
Seu cântico queria ouvir...

terça-feira, 25 de maio de 2010

Poema tupi


Esperava o cair da amana do amor,
Eu baquara, espero ver o mundo mudar.
O cari destrói a vida com horror,
As maravilhas de Aracy vivem a matar...

Anhangüera era o bicho cristão,
Jibóia em bote a esperar.
Abaité que vive de imaginação,
Eu guariní não pude mudar...

Amava meu povo tupi,
Povo Abaetê e de quietude.
Perseguidos pelo espírito Abaçaí,
Babaquara branco de atitude...

Um novo aracê almejo,
Eu etê guerreiro guerrearei.
O pajé fala o que vejo,
Sei que por tupã morrerei...

A porangaba da natureza,
No guará testemunho.
A Rudá canto a beleza,
Andira não nos leve no seu punho...

Aram venha resplandecer,
A graça do guiratinga exaltar.
Com a pureza do curimim viver.
Abaetetuba sonho em morar...


Glossário:
Amana: chuva.
Baquara: sabedor de coisas, esperto, sabido, vivo - biquara – mbaekwara
Cari: Homem Branco.
Aracy: a mãe do dia, a origem dos pássaros.
Anhangüera: diabo velho
Abaité: gente ruim, repulsiva, gente estranha.
Guariní: guerreiro, lutador
Abaetê: pessoa boa, pessoa honrada – Abaeté
Abaçaí: perseguidor de índios, espírito maligno que perseguia e enlouquecia os índios.
Babaquara: tolo, aquele que não sabe de nada.
Aracê: aurora, o nascer do dia, o canto dos pássaros (pela manhã).
Etê: bom, honrado, sincero – eté.
Pajé: Chefe religioso.
Tupã: Deus.
Porangaba: beleza.
Guará: espécie de lobo - aguará – aguaraçú.
Rudá: deus do amor, para o qual as índias cantavam uma oração ao anoitecer.
Andira: o senhor dos agouros tristes.
Aram: sol.
Guiratinga: pássaro branco.
Curumim: Criança.
Abaetetuba: lugar cheio de gente boa

sábado, 22 de maio de 2010

Beija-flor bebum


Pelas tavernas tenebrosas
Percorro minha vida,
Cobiçando sempre donzelas formosas,
Tal amor repudiei na sua ida...

Vivo brindando a lua,
Sozinho meu coração se expressa.
Como um cigano vivo na rua,
Ao Deus Pã danço sem pressa...

Da minha impaciência compus paz,
O canto de luto variou em sensualidade.
Agora no meu poker só tenho o Ás,
Usurpando o melhor da humanidade...

Viver a vida sem embaraço,
Dançando, cantando e beijando...
Vivo eu com meu coração de aço,
Poetizando coisas do meu passado...

Parei de tanto complicar,
Esgotei-me de tanta prosa
Como um beija-flor a voar,
Estou a procurar minha rosa...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Revolução de amor


Na selva de concreto,
As pessoas deixam de amar.
Vivemos de intentos incorretos,
O mundo vivemos a matar...

O astro chora sangue,
Espero um dia mudar.
Em um mundo cheio de gangues,
Escolha em qual vai ficar...

Na favela vejo a morte,
Os miúdos a se drogar.
Nessa eterna falta de sorte,
Vidas consumidas em um olhar...

A vida é bem passageira,
Crianças jazem a se matar.
Cansei-me de tanta besteira,
Esta na hora disso cessar...

Chegou o tempo de amor,
Acabemos com a religião.
Já chega de tanto horror,
Faremos uma revolução...

sábado, 15 de maio de 2010

Os donos da terra...


Testemunho paisagens tupis
Em meu desatendo mundo.
Nas florestas dos meus guaranis,
Chegou o branco imundo...

Em gigante canoas chegaram,
Falando que eram serenos
Estranhos objetos nos deram,
Seu povo era tão pequeno...

Os meus eles cercaram,
E fizeram deles escravos.
Muitos eles mataram,
Outros fugiram assustados.

Meu povo de paz e afortunado,
Cantavam aos deuses da selva.
Não tinham lavouras nem gado.
Brindávamos juntos na relva.

O branco carniceiro e voraz,
Chegou para usurpar.
Eles nunca quiseram a paz,
Vieram nos escravizar.

Muitos dos meus lutavam,
Com fé e esperança.
Os donos da terra ficaram.
Não puderam conter a matança.

Assassinos sim eles eram,
Assim pude notar.
Nossas matas arrasaram,
Vieram só conquistar...

Coração de Sertão...


Noite escura paisagem bela.
Em meio ao meu fumo,
Ainda procuro por ela.
Meu bem, ainda a amo...

Procurei na bebida,
O abrigo incorreto.
Doeu demasiado sua partida,
Chorei na cama de concreto...

Deixei a beleza da vida,
Encontrei-me no inverno.
A paz eu deixei na sua ida,
Hoje vivo no inferno...

A flor do meu peito murchou,
Não escrevo mais com paixão.
Minha terra limpa secou,
Antes bela, transformou-se em sertão...

domingo, 9 de maio de 2010

Do Bardo para Iracema...



Disseste-me que queria um poeta,
E de maneira incerta poeta me fiz.
Criei poemas e versos para correto intento
Poder unido contigo lhe fazer feliz...

Gostava de poemas de morte,
e minha falta de sorte,
Me fiz míseravel e infeliz.
Escrevi com amor...

Agora distante,
E nessa constante,
lhe escrevo feliz,
Mesmo vivendo por um triz...

Fui insistente e incoerente,
E de forma ímpar um anjo me fiz.
Percorro meu mundo afora
Aqui agora curtindo a aurora
Eu vivo feliz...

O ser poeta...



As vezes me pego,
Surpreso em meus versos.
Com a pena escrevo com paixão,
Das mulheres falo com tesão...

Ser poeta é amar infinitamente...
É ser incoerente e incandescente.
Ser poeta é alcançar o infinível,
É compreender o incompreensível.

Escrevo versos sobre o seu partir,
Sei que mesmo só ainda posso sorrir..
Amo poder ouvir o canto do colibri...
Sou amante do meu povo guarani.

Me encontro em frente ao meu caderno,
Com o único intuito de ser eterno...
Poesias escrevo com amor,
Mesmo longe escrevo com fervor...

Ser poeta é sentir,
É ver o amor florir...
Ser poeta é fazer acontecer...
O poeta sempre sabe viver...

sábado, 8 de maio de 2010

O bardo.



Incoerente, subjetivo, inconstante...
Meigo, carinhoso , bom amante...
Confuso, triste, chocante...
Feliz, raivoso, cantante...

Poeta, vagabundo, beberrão...
Tolo, fútil, homem da paixão...
Diferente, exotico, brincalhão...
Bipolar, divertido, sem um tostão...

Compositor, irritante, senhor do amor...
Irmão, cozinheiro, o dono da dor...
Leonino, narcisista, superior...
Louco, educado, ameaçador...

Humorista, ecologista, largado...
Cabeludo, barba estranha, mal amamentado...
Fumante, gritante, mal-intencionado...
Humilde, músico, simplismente um bardo...

Ódio...




O que eu odeio... odeio quando falam que não tem troco, odeio ônibus com ar-condicionado lotado, odeio quando acaba a bebida, odeio quem não ama a vida, odeio quem joga lixo no chão, odeio quando se fazem de difícil, odeio ter que ter dinheiro, odeio meu senado, odeio ser seco ou desalmado, odeio a falta de bom senso, odeio fila de banco, odeio o banco por completo para falar a verdade, odeio reboletion, odeio funk, odeio minhas limitações, odeio quem não entende poesia, odeio nossas leis, algumas são injustas, odeio quem maltrata os animas, odeio pessoas normais, odeio a hipocrisia do sistema, odeio comercial, odeio a cidade lotada, odeio a vida valendo nada, odeio ter que lavar louça(hiuaha), odeio gente metida, odeio as coisas mal ditas.
Mas para que tanto ódio? Não sei... mas todo mundo sente ódio de alguma coisa...

O bardo e o anão


Era o bardo e um anão, ambos procuravam juntos a diversão, de tavernas em tavernas buscando por prazeres carnais: bebida, mulheres e risadas.
O bardo adorava cantar, recitar poemas, flertar com lindas morenas e tocar sua gaita. O bardo era do amor, mas também amava o prazer. Vivia a fumar seu cachimbo e a beber das melhores bebidas. O bardo ansiava pela vida e pelo amor, mas o amor já não era mais sua meta, queria compor e beijar a mulher correta. O bardo tinha como irmão o anão. Ele ria dos poemas que criticavam os reis, e acima de tudo era o melhor companheiro de canecas.
O anão amava beber e as mulheres, muitas vezes saía sem um vintém. Gostava de falar alto, no resto do tempo se mantinha calado. Espadas, facas e machados eram por ele muito admirados. Quando via uma donzela de cabelos dourados ficava fascinado, sua caneca logo bebia apressado, terminava e corria perto da mulher fruto do pecado, e como adorava pecar.
Os dois eram muitos diferentes, muitas vezes um com o outro eram incoerentes. O bardo ficava seco quando o anão procurava uma donzela solitária, gostava de somar não de dividir. E assim viviam as noite, dois irmãos correndo atrás de prazeres carnais. Brigavam constantemente, mas depois já reinava a paz.
Certa vez ansiaram pela mesma mulher, Helena, tão linda e pura. Olhos azuis como o mais bravio mar. Pele límpida como a neve. Dançava como a mais bela ninfa e seu canto era o canto das sereias, um anjo de luz... Linda linda linda.
O anão e o bardo irmãos das noites, nem discutiram muito o assunto partiram para um jogo de homens, quem parasse de beber primeiro era o perdedor, uma caneca, duas, três, quatro, cinco, seis, sete. O bardo cambaleou para o lado e o anão logo se preocupou sorriso de pinguço. Oito canecas, nove, dez, onze, doze, treze... O bardo procurou com os olhos a bela Helena, esta já não estava ali. O anão bufou e logo outra caneca tomou. O bardo tocou sua gaita uma bela canção. Brindaram a noite, pois eram irmãos.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

$



Pagamos caro quando nos calamos.
Pagamos caro quando não amamos.
Pagamos caro a cada dia.
Pagamos caro...

Pagamos caro em nossa história.
Pagamos caro. Quem não tem memória?
Pagamos caro por um serviço ordinário.
Pagamos caro, somos os palhaços!

Pagamos caro com a corrupção.
Pagamos caro ao bandido, meu irmão!
Pagamos caro ao silêncio dos flagelados.
Pagamos caro e pagamos errado.

Pagamos caro quando nos calamos.
Pagamos caro quando não amamos.
Pagamos caro a cada dia.
Pagamos caro, simplismente pagamos...

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Mundo de Sangue.


Vejo o mundo decadente.
Pessoas sonham com um futuro.
E todas se calam no presente.
Brincamos com nossa felicidade torpe.

Nossos pais queriam mudar o mundo.
Parabens meu pai o mundo continua imundo.
Vejo meu Rio, Cidade Maravilhosa.
Governada por uns grandes idiotas.

Vivemos em um sistema que é para poucos.
E quem viver fora disso é louco.
Oba felicidade tosca e mundana.
Você senhor presidente se acha bacana.

Governo Estúpido, governo idiota.
Agradeço aos meus pais, meu Brasil esta uma bosta.
Gente burra, gente pequena.
Que se calam quando veem um problema.

Meus amigos escutem o que eu vou falar.
Nosso sistema é escroto e um dia vai mudar.
Agora digo, capitalismo não é o fim da história.
Se você não acredita nisso meu irmão, você é um bosta.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Coma induzido.



Dia negro angustiante.
Eu cá com a mente nela.
Choroso, tristonho e frio.
Sempre procurei um amor.
Mas a vida me rendeu rancor.
Grito aos meus que me levem.
Eu grito...

Senhor sorriso onde estais?
Pois não sou merecedor desse amor.
Lagrimas de sangue imundam minha alma.
Tenho medo desse amor me dilacerar.
Pergunto ao bom Deus se mereço.
Já não ouço mais os céus.
Eu me calo...

Meu silêncio reflete meu pesar.
Olhos de criança chorosa e pura.
Alma partida desprovida de luz.
Sofrimento bravio em tempos de desamor.
Chamo a morte inútilmente.
Espero meu jazigo para descançar.
Eu choro...

Dor




Dor pulsante, constante.
Dor, simplismente dor de amor.
Dor sozinha.
Dor que não mata, mas corroe.
Dor lhe peço para ir.

Oh!Dor se quiser leve contigo o meu amor.
Quantos rios encherei com você minha dor.
Rezo aos anjos...

Dor triste, cortante.
Dor, simplismente dor de amor.
Dor de amante.
Dor, peço ao tempo para lhe levar embora.
Dor já não aguento você aqui.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Abraço a morte...



Hoje não quero mais a vida...
Vida tola cheia de medriocridade...
Vida podre, sem amor...
Hoje abraço a morte com orgulho...

Ando pela cidade triste...
Sem vida, sem sorriso...
Me escoro pelos muros da dor...
Tropeço no chão da solidão...

Me entorpeço em meus prantos...
Sangro a cada dia sozinho...
No leito da morte espero descanço..

Me acalento em seu terno seio...
Tão distante...
Distante...

Como não querer quem se ama?
Como esquecer o inesquecível?
Como viver a vida sem amor?

domingo, 14 de março de 2010

Morremos diversas vezes...


Morremos e nascemos diversas vezes em nossas vidas, mudamos constantemente nossos pensamos e nossas idéias, crescemos e amadurecemos a cada segundo vivido, envelhecemos... O que será que define a vida? O homem nasce, vive e morre... nesta respectiva ordem, o que nos diferencia das outras pessoas é a maneira que vivemos a vida. A vida hoje precisa de simplicidade, complicamos demais tudo, criamos crises para fugirmos da principal crise que afeta o mundo,uma crise de egoísmo, de egocentrismo, vivemos por nós e só... E vivemos sempre insatisfeitos, queremos sempre ter mais, ser mais e ter mais... Precisamos parar e começar a pensar no outro. Pensar em preservar não em consumir... Pensar em ser não em ter... A vida é curta demais, os anos passam, envelhecemos e morremos diversas vezes nesse processo... Vivo para fazer a diferença, não quero ser "normal", não quero ser humano... prefiro eu ficar aqui sendo esse Et... me sentindo o ultimo de minha especie... Vivendo em outro planeta...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Sem nome...

Peço aos céus uma prece...
Mas Deus se tornou mudo...
E eu que me achava especial...
Nos ultimos dias me tornei mais mortal...

Passamos nossas vidas procurando resposta...
Nunca ela vem sozinha a nossa porta...
Fintamos a morte a cada dia...
É melhor a morte do que a vida em agonia...

Ainda vejo um pouco de esperança...
Na face pura das crianças...
Deus por que me largou aqui...
Chorando, sozinho e confuso...

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Beijo de carnaval...

Dança sensual, mente focada...
Cigarro na mão para chamar atenção...
Vira, rebola e seduz..
Tímido com medo de não ser...

A lua ilumina seu corpo pleno...
Desejo de toma-la para si...
Ela sorri em retribuição...
Com um sorriso de lado ele se aproxima...

Ela fala seu nome...
Ele beija sua mão...
Sorrisos...
Infla no peido o desejo de um beijo...

Ela pergunta seu nome...
Com um sorriso ele diz "é carnaval"...
Os corpos se aproximam...
Então um beijo...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Simples desabafo...


Nessa noite de insônia resolvi escrever um pequeno texto...resolvi escrever o que estivesse na minha mente... deitei na cama e não consigui dormir... faltou sono e minha mente tá tão atolada... Já se olharam no espelho e viram um pessoa que você nunca viram antes? Eu não me vi... o que esta feito esta feito... tenho procurado muitas formas de me entender, e é brutal... ver que você não é o que queria ser... mas é assim que é nós somos aquilo que devemos ser...tanto para o mal quanto para o bem... a parte sórdida disso tudo que ficamos em nossa neutralidade...somos neutros quando encontramos algum morador de rua... somos neutros quando compramos papel... somos neutros quando deixamos de lutar pelo que acreditamos...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Tanto faz

Não tenho escrito nada que preste ultimante...tento escrever versos e poemas...mas minha mente é um grande vazio...na verdade não minha mente mas sim minha alma, não sei o que estou deixando transparecer, só sei que as coisas não me ocorrem como eu desejo, na verdade eu estou prestanto mais atenção nas pessoas do que antes, e no meio de todas nossas meias verdades e em nosso meios empregos, nada do que fazemos faz sentido, falamos muito e fazendo pouco ou falamos muito e fazemos nada, olhamos as pessoas "inferiores" com despreso...olhamos de cima...quem sou eu para julgar alguem? quem somos nós para julgar alguem? Certas perguntas que fazemos nunca vão ter uma resposta real ou abstrata... eu só sei que o que fazemos não faz sentido... a dor que sentimos não faz sentido... eu quero chorar só que eu não posso... e não consigo... quero sentir raiva... mas não consigo... quero amar e ser amado infinitamente... talvez isso não seja para pessoas como eu... gosto de viver intensamente... tudo que faço é sempre extremo... amo extremamente, odeio extremamente, sofro extremamente... mas meus extremos ultimamente andam moderados... ouço sempre uma voz q me diz o que devo fazer... sou louco? As vezes desconfio... O pior que essa voz que não sei qual nome dar... me fala para "lutar"... lutar por um mundo escroto desses... será mesmo que tenho q lutar? Será que as pessoas se importam? Sera que tudo q estou passando e sentindo é o que eu mereço? Eu não sei... Espero Deus me dar alguma resposta... concreta ou abstrata...tanto faz nesse momento...
 
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