
Pelas tavernas tenebrosas
Percorro minha vida,
Cobiçando sempre donzelas formosas,
Tal amor repudiei na sua ida...
Vivo brindando a lua,
Sozinho meu coração se expressa.
Como um cigano vivo na rua,
Ao Deus Pã danço sem pressa...
Da minha impaciência compus paz,
O canto de luto variou em sensualidade.
Agora no meu poker só tenho o Ás,
Usurpando o melhor da humanidade...
Viver a vida sem embaraço,
Dançando, cantando e beijando...
Vivo eu com meu coração de aço,
Poetizando coisas do meu passado...
Parei de tanto complicar,
Esgotei-me de tanta prosa
Como um beija-flor a voar,
Estou a procurar minha rosa...
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